Fusquinha amigo do ambiente deixou motor refrigerado a ar de lado e ganhou placas solares e turbina eólica para não emitir mais CO².
O VW Fusca é um dos veículos mais amados da história da indústria automobilística, e também um dos mais modificados pelos entusiastas.
Após virar Porsche, ganhar versão GG, hot rod e até picape, o Fusquinha ganhou uma configuração inusitada para deixar de emitir CO². O projeto do estudante nigeriano, Segun Oyeyiola, da Universidade de Awolowo, é de 2014, mas voltou aos holofotes agora.
Afinal, na corrida por soluções para acabar com os carros a combustão, um veículo movido a energia eólica e solar é uma boa, não é? Principalmente pelo investimento baixo, que foi de apenas US$ 6 mil (cerca de R$ 33.500).
A modificação simples começa pela retirada dos pára-lamas do sedan, para aliviar o peso e ajudar na eficiência do veículo. Além disso, Oyeyiola removeu as peças do interior do Besouro e, claro, o característico motor refrigerado a ar, da traseira.
Depois disso, iniciaram-se as adaptações com peças doadas por familiares e amigos para, enfim, tirar o plano do papel. A parte mais notável é a enorme placa solar posicionada sobre o teto do Fusquinha, mas o sistema mais complexo é a turbina eólica, instalada no antigo porta-malas.
Essa está posicionada para captar o máximo de ar possível. Enquanto isso, a movimentação dos rotores é transformada em energia para carregar o banco de baterias no antigo cofre do motor, lá atrás.
A ideia de combinar às duas fontes energéticas é possibilitar que o Fusca seja usado durante todo o dia, e não apenas quando houver luz solar. As especificações de motor e autonomia da bateria não foram reveladas, mas o projeto leva cinco horas para carregar completamente.
O que não parece muito, tendo em vista que elétricos como Renault Zoe e Nissan Leaf levam até 7 ou 8 horas, respectivamente, para carregar completamente, em seus ciclos mais lentos. No entanto, resta saber quantos quilômetros ele roda para definir se vale a pena esperar as longas horas de carregamento.
Todo o funcionamento do sistema pode ser acompanhado através de um GPS, que mostra a saúde das baterias. Além disso, Segun reforçou as suspensões para Fusquinha suportar o novo peso das baterias e do motor eólico dianteiro.
Embora seja simples, o sistema abre os olhos para o uso de energias limpas como combustível para os veículos. Será que um dia veremos algo do tipo em larga escala?